27 de julho de 2010

Um dia...

Um dia rompi e fugi das barreiras 
(queria eu pensar) 
Um dia senti o que é certo e errado 
(queria eu escrever) 

Um dia senti-me 
e sentei-me por inteiro, 
no topo da vida. 
E olhei-a por dentro, 
e virei-a de fora, 
revolvi intestinos, 
dei largas à memória 
e assim encontrei… 
uma linha de fundo. 
A que nos passa ao lado 
E só é vista p’lo mundo! 

Um dia descosi todos os pontos 
(que dera apenas por dar) 
Um dia alimentei as fraquezas em forças 
(sem desesperar) 
Um dia enchi-me 
esvaziando os “agoras”! 
Um dia declarei-me 
e pintei-me de cores! 
Um dia, sim, não dormi 
após a descoberta 
e soube a hora certa, 
o momento de agir! 
E de forças ao vento 
Sem venda ou remendo 
decidi-me a ir! 

Queria eu pensar… 
Queria eu escrever… 
Passos dados por querer… 
Sem desesperar… 

 03.04.2001

22 de julho de 2010

Afogamento

Afogo-me.. 
Pelo medo do claustro, 
afogo-me! 
Aberto o espaço, 
Fechado de gente. 
Afogo-me! 
metida na corrente, 
abafa-me o encontrão, 
e afogo-me! 
Reagir ao turbilhão. 
De todos os lados as vagas 
afogam-me! 
A massa que move 
o volume que massa 
afoga-me! 
O ar que não passa, calor de respiração 
afogo-me! 
Pelo medo do claustro em meio à multidão! 

 08.03.09

Destaques

Feriado

O tempo livre da manhã cedo ping a do beirado alaranjado  de telhas de meia cana ping a  porque molha tolos por entre o café quente do feria...