4 de maio de 2012

Lusiadas contemporâneos


Concordo completamente com a ideia de uma nova Epopeia necessária, não só ao povo Luso mas a muitos outros do Ocidente e da Europa em particular. No entanto é desta língua, deste país rectângular e destes problemas concretos que estou mais próxima. Por isso, hoje depois de ter recebido este texto via Facebook, escrito pelo muito ilustre autor Luis Vaz sem Tostões, sito algures nas margens do Coura, quebro o hábito de só aqui colocar textos da minha brida e convido quem aqui venha a gozar os sorrisos e as raivas dos novos Lusiadas... possam as palavras inspirar os actos e transbordar das letras para a construção de novas Epopeias práticas :)

I

As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo o que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se do quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!

II

E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!

III

Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.

 
IV

E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!

Luiz Vaz Sem Tostões





30 de abril de 2012

Headbanging for thy obsession (Trunks of old and dark spirits II)

Headbanging for thy obsession

The siren whispers…
and I don’t know why
does that song find warmth
into my mind.
It says that if I listen
and then I don’t forget
there’s quietness and bliss
that will surely set.
I feel that it is wrong but…
what should I do?
The lyrics and the promise
sound as if true.
So I care no more
for whom does it serve,
‘cause it fills the void
and it calms my nerves.

Oh song of faith, oh sing to me...
the utopia of the lands that I will see!
Where the wrongs were put right,
Where this Man won his fight,
raising back from the ruins of time!

But… the ashes,
only ashes, grey ashes.
There’s no Man to be seen
from out here!
Only ashes that fill everything…
There is no Man to rise,
and the song is demise
set to lure the obsessions within.

Oh song of Faith, oh sing no more!
Let me silent and quietly find shore…
'cause the wrongs creep back in
carving signs in my skin,
maps of old, where nothing can begin!

Checking sea, checking land!
- Laughs the siren!
She commands me to sing,
then I am She,
struggling with the obsessions
gone free!
And as soon as you do,
begin to sing her back,
the song works
and your mind starts to crack.
Piercing voice and aloud,
just by giggling in sway,
twisting off all your memories
on play and replay!

Oh Saint Obsession, 
then by banging my head,
I‘ll spill it out of music 
and finish it dead!

Coimbra, Jan/Abr 2012




Destaques

Feriado

O tempo livre da manhã cedo ping a do beirado alaranjado  de telhas de meia cana ping a  porque molha tolos por entre o café quente do feria...