24 de junho de 2011

Rimas da Amora Simples

Se a memória 
da amora, 
não compensar a do espinho, 
Só a fome 
atreve a mão 
a fazer-se-lhe ao caminho. 
Na abundância 
da estufa 
impera o morango a pacote. 
Não há razões 
de ir à silva 
e arriscar-se num corte. 
Dali se alimentam pássaros; 
umas cansam-se no chão. 
Há uns radicais 
que as comem, 
em desportos de verão. 
As outras minguam 
sementes, 
esquecidas já do sabor, 
sem vantagens de mercado, 
que é quem 
Nos Define o Valor.

Mas há quem guarde gatilhos, 
antigos, 
sem medo aos espinhos, 
e salive 
por amoras silvestres, 
mesmo que tenha... 
mirtílos.

 :) 

 Escrito hoje, mais um dia em que não comi amoras silvestres :)

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