22 de junho de 2010

Vagas

Vagas, vagas brandas, vagas altas, vagas de pensamentos engolem e envolvem-me no instante parado. Rebolo-as nas mãos como preciosas pedras de ângulos que merecem luzir a diferentes luzes. Expostas. Expostos os conteúdos aos muitos olhos de mil mãos e perspectivas.

São imateriais mas dou-lhes forma para agarrá-los. Misturo os estados da matéria. Do líquido, transformo o sólido e desfaz-se em gás. Não preciso de temperatura, nem pressão, para criar dinâmica.

E então fumo... o torvelinho dos pensamentos ... com toda a calma do dia chegado ao fim... inalado.

É um fumo que anestesia. Não relaxa nas cores e nos contactos, mas dispersa-se em estrias de sensações pelo sangue. De lá me voltam as vagas. Vagas brandas, vagas altas, vagas de sangue aditivado a temperar-me a vida, para que jamais se aborreça.

22.06.10

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