28 de dezembro de 2009

Festival de Passagem de Ano em Coimbra






















Está quase a começar mais um festival de musica e dança, de raiz tradicional mas com rebentos e ondulações contemporâneos. Em pleno inverno a árvore veste-se de cores e gestos que aquecem qualquer noite fria do passar do tempo, as saias e os sapatos aprontam-se para rodar nos ramos ao som de vários ventos de outrora e de agora. O Rodobalho e a Tradballs convidam novamente a que demos as mãos e encontremos os pés.
Espero encontrar-vos por lá... a partir de dia 31 até dia 2, em Coimbra, no Centro Norton de Matos.

Para mais informações visitem:

http://www.passagem-de-ano.net/

ou através de

http://www.rodobalho.com

21 de dezembro de 2009

Corada

Suspiros lembram-me que era de ontem e não de amanhã que se pintavam os castelos ao lusco fusco de alaranjado fulvo ao pôr-do-sol. No inverno possuem-se as cores que despontam no inverno, por muito que seja saudosa a lembrança do final de verão.

É nessa altura que as pessoas desatam a falar de estações do ano e a discutir se faz frio ou se chove debaixo das gabardines... quando na realidade o que importa são as cores... e se adivinha que amanhã o pôr-do-sol visto de frente terá os mesmos tons de cinzento de nuvens que já trazia de hoje. Inventam-se novos suspiros na monotonia cromática.

Luze porém, em meio ao cinza, a luz de Prometeu, na minha casa. E é não o sol mas a labareda que me atiça a esperança das cores de agora, e de todas aquelas que acenderei amanhã.

10 de dezembro de 2009

Impressões de Viagem: Barcelona

Barcelona o patchwork que funciona.

Sob o sol, uma manta de retalhos de imagens várias e muitas cores, padrões abstractos, animais e vegetais e contrastes de texturas, combinações de cores e materiais. Eis a cidade! Barcelona do ferro fundido, do tijolo, do azulejo e do vidro colorido em vitral. Arquitecturas pintadas e misturadas, linhas direitas e linhas fluídas, quebradas e continuas, jogos de volumes largos e estreitos, de sombras e de luz, numa imensidade de pormenores que quase poderiam oprimir... mas estranhamente... não.

Barcelona, barroca de efeitos, de enfeites, mas curiosamente leve, distando menos de um centímetro do kitsh... que resulta e não o é... Uma cidade que senti sintetizada na fachada da Sagrada Família: A mistura de pormenores e contrastes, de materiais, de palavras com estalactites, do antigo com o moderno, de linhas curvas com ângulos agudos e rectos, da pedra e cimento frios com a cor gritante dos pinaculos e de uma àrvore solitária cheia de pombas... um exercício de mistura quase a uma unha de distância do mau gosto profundo... com um resultado estranhamente equilibrado e elegante, dinâmico e fluído até! Como é possível?

Não sei... aí está o fascínio que trouxe de Barcelona, o apreço pelo seu burburinho alegre e a vontade de regressar para explorar e sentir mais.

3 de dezembro de 2009

Conversas da irmandade

- Caríssimo irmão, Um dia destes estás intimado para me dar uma ajudinha.

- Hum… e qualquer dia destes tu estás é agarrada a uma tomada!

- Oh, olha que parvo! Estás a ouvir mãe o que o teu filho me deseja?

- Só te desejo coisas boas, maninha. É bom para emagrecer, com a passagem da corrente. Deve ser bom!

É caso para dizer que, com irmãos destes... ninguém precisa do Talon.

Destaques

Feriado

O tempo livre da manhã cedo ping a do beirado alaranjado  de telhas de meia cana ping a  porque molha tolos por entre o café quente do feria...