13 de dezembro de 2010

Sardenha a pé, ficou-se por Cagliari

Visita a Sardenha sem sardas e sem sardinhas. No bucho muita massa fresca com pesto. Uma Sardenha de simpáticos Sardos na sesta da tarde quando tudo fecha. Uma Sardenha visitada em 3 dias resumiu-se apenas a Cagliari, sem sol mas com muito para ver e passear.



Da viagem trago as imagens de cultura diferente, de gente com faces que bem podiam vir daqui e a descoberta de um canto polifónico de raiz pastoril, que se ritma em transe. Aqui fica um video do youtube em francês que o explica um bocadinho.



Quanto a Cagliari convenceu-se a si mesma de que a riqueza são praias. Pode ser verdade numa ilha mas é pena, porque para além delas há ali imagens e cultura específicas que podiam ser muito mais exploradas.



A cidade é um monumetal Castelo rodeado de salinas e portos de mar, com zonas mais preservadas que outras. Tem um belíssimo anfiteatro romano e vários outros vestígios, como a necrópole de Tuvixeddu. Lembro ainda uma igreja que suscitou a nossa curiosidade por ser dedicada a São Lucifero... mas não, não evoca o demónio e sim um antigo bispo de Cagliari que foi excomungado por ser contrário à heresia Ariana (de Ariés) do séc. IV.

Por falta de um cartão de plástico, fiquei sem visita aos famosos Nuraghi proto-históricos, que tanto queria ver. Tive de contentar-me com imagens de museus e com as fotografias ao espólio tiradas pelo companheiro de viagem. Do chato o menos, porque há lindíssimas formas cerâmicas e belíssimos ex-votos de bronze.









Em suma, Cagliari, sim, vale a pena visitar, mas levem os cartões de plástico todos que tiverem, sobretudo aqueles que certificam que os bancos vos emprestam dinheiro :P Pelo que vimos, de certeza que valia a pena alugar um carro e explorar a ilha mais para dentro... Lá terá de ficar para a próxima.

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