A imperfeição humana não é para eliminar e sim para gerir (tal como se diz atualmente da dívida pública). Não se consegue chegar à perfeição, porque é sobretudo uma ideia, ainda por cima variável. Mas não gerir a imperfeição e aceitá-la como vier também é um erro de vistas curtas (tão grande como não gerir a dívida). Não é possível eliminá-la, nem adianta fingir que não existe... Só resta gerir e tentar que provoque o máximo de vantagens e o mínimo de estragos.
A condição humana de conceber ideias imateriais, mas só conseguir realizar coisas concretas é, para mim, uma das maiores fontes de encanto, frustração e empatia para com os seres humanos e para comigo.
Cofres vazios, Estaleiros abandonados da Lisnave, Almada, 2024
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