Nasço às vezes da
Quimera
de sentido e união.
Neta de cobra e
tufão,
gente absurda mas
sincera.
Ao nascer vou
colorida,
Pandora de caixa
cheia,
mas surgem questões à
vida
no real da caminhada
e vejo que estou
travada.
É isso que desnorteia.
Nasço às vezes da
Quimera,
irmã de quem me
restringe,
sou bloqueada p'la
Esfinge,
forçada a ficar à
espera!
Ela ordena
interrogações
E eu finjo, finjo em
vão,
que controlo as
emoções,
que sei respostas a
dar,
ou que elas, se
aguardar,
um dia me
encontrarão.
Nasço às vezes da
Quimera
e não sei o que lhe
faça.
Por vezes acho-lhe
graça,
outras, já me desespera.
Escritora
esfingidora,
que não pode ser
poeta,
esfinge tão
completamente
as utopias que sente,
em mitos questiona a
dor
para ver se se
liberta.
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