24 de fevereiro de 2009

Grito de Guerra

Que venha a força… 
de percorrer o mundo em grito! 
Com a guerra nos braços e no músculo do coração! 
Com a guerra que não mata, 
com a guerra que constrói e luta, 
independentemente das conotações das palavras, 
independentemente dos julgamentos de valor! 
Há paredes a derrubar e paredes a erguer, 
se nos casebres nos entra o frio e a chuva! 
Há árvores a abater e florestas a plantar, 
se o clima e as gentes a não completam! 
Há conceitos a partir e ideias a criar, 
se os valores se agitam dentro dos sistemas! 
Há estalos a distribuir e beijos a partilhar, 
se os espaços se tocam e não se são indiferentes! 
Com a guerra nos braços e no músculo do coração, 
já não há Amazonas, nos entretantos do devir, 
mas há auroras vermelhas que pedem resolução! 
Chega de palavras! 
Que venha a guerra na sua onomatopeia bruta! 
Soem clarins e tambores! 
Que eu grito e… fui! 

(06.06.06, Coimbra) 

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