4 de maio de 2009

E quando não é amor?

Tantos e quantos e porque se escrevem continuados lençóis em versos de amor? 
Porque se verte costumeiramente sempre um e só tipo de emoção, ainda que derramado por sobre diferentes coxas? 
Não há mais sucos e odores por aí, para ter sempre e só que se cantar o Channel nº5? 

E quando não é amor? Não deve ser cantado 
O momento que vivido aconteceu? 
Que chegou do nada, sucedeu. 
Que de ponta à outra foi percorrido. 
Que pra nada vai, de já esgotado, 
passageiro e simples porque concluído. 

Sem necessidade de outras projecções, 
De lendas antigas ou castelos de fadas, 
De guerreiros em arco e poderosos dragões, 
de metáforas à pele de moiras encantadas. 
A realidade quente de pano deixado a cru, 
A simples pulsão de corpos buscando a nu... 

Não chega para ficar maravilhado? 
Então, quando não é amor, tem de se ficar calado? 

 04.05.09

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