1 de novembro de 2009

Fides



Chove na rua uma água fina e insonora de paz e bênção. A verticalidade espalha-se derramada e sobe depois ao ar, recheada de odores da terra fresca. Cai-se do branco celeste, em traços curtos que agitam a paisagem repousada e quieta... abandonada ali, escoada das gentes e dos seus passos curtos.

Indiferente, a rua chove... e dali me alcança numa aragem fresca e simples de conforto e protecção. Olho-a como chegou, literalmente uma dádiva celeste de um pacato céu de domingo... que assim me oferece o usufruto do presente, sem pedir em troca qualquer demonstração de fé.

01.11.09

Sem comentários:

Enviar um comentário

Destaques

Nevão

Neva na Serra e ninguém disso duvida mas daqui do sopé já ninguém a vê e daqui do sopé  já ninguém  lá vai. Sumiu uma Serra  na magia branca...