Um obscuro inexprimível
interpela-me
Estico-me e torço-me
ele assoma e retrai-se
abandono-o
e ele
espelha
além a imensidão
Volto a fuçar, a esbracejar,
as unhas agudas esgravatam o algo
mas a língua enrola e a mente cola
quando ele corresponde a si
intocável
Deixa-me só intuir
que talvez seja múltiplo
como a funda vertigem
da luz estrelada à noite na Serra
Aceito em silêncio
15.07.24
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