18 de dezembro de 2010

A Passagem de ano é em Coimbra

Mais um ano que entra, mais uma rodada... de voltas e danças e abraços e música e amigos e saudades.

Novamente no Centro Norton de Matos em Coimbra... lá espero encontrar-vos todos.




Mais informaçõem em:

http://www.rodobalho.com

ou em

http://www.passagem-de-ano.net/

13 de dezembro de 2010

Sardenha a pé, ficou-se por Cagliari

Visita a Sardenha sem sardas e sem sardinhas. No bucho muita massa fresca com pesto. Uma Sardenha de simpáticos Sardos na sesta da tarde quando tudo fecha. Uma Sardenha visitada em 3 dias resumiu-se apenas a Cagliari, sem sol mas com muito para ver e passear.



Da viagem trago as imagens de cultura diferente, de gente com faces que bem podiam vir daqui e a descoberta de um canto polifónico de raiz pastoril, que se ritma em transe. Aqui fica um video do youtube em francês que o explica um bocadinho.



Quanto a Cagliari convenceu-se a si mesma de que a riqueza são praias. Pode ser verdade numa ilha mas é pena, porque para além delas há ali imagens e cultura específicas que podiam ser muito mais exploradas.



A cidade é um monumetal Castelo rodeado de salinas e portos de mar, com zonas mais preservadas que outras. Tem um belíssimo anfiteatro romano e vários outros vestígios, como a necrópole de Tuvixeddu. Lembro ainda uma igreja que suscitou a nossa curiosidade por ser dedicada a São Lucifero... mas não, não evoca o demónio e sim um antigo bispo de Cagliari que foi excomungado por ser contrário à heresia Ariana (de Ariés) do séc. IV.

Por falta de um cartão de plástico, fiquei sem visita aos famosos Nuraghi proto-históricos, que tanto queria ver. Tive de contentar-me com imagens de museus e com as fotografias ao espólio tiradas pelo companheiro de viagem. Do chato o menos, porque há lindíssimas formas cerâmicas e belíssimos ex-votos de bronze.









Em suma, Cagliari, sim, vale a pena visitar, mas levem os cartões de plástico todos que tiverem, sobretudo aqueles que certificam que os bancos vos emprestam dinheiro :P Pelo que vimos, de certeza que valia a pena alugar um carro e explorar a ilha mais para dentro... Lá terá de ficar para a próxima.

1 de setembro de 2010

Ana Jones no Outeiro do Circo



Outeiro do Circo aparece no jornal O Público

Regresso... dos pés na areia e pés no mato, pés no mar e pés na estrada, regresso com os pés descansados da caminhada!

Pois, de volta a Coimbra partilho com vocês o que saiu no Público sobre a escavação no Outeiro do Circo. Este ano foi uma escavação toda mediática. Na foto estou eu e o Woody a marcar a sondagem nova! Este ano finalmente os meus ornatos brunidos prometidos apareceram, Yupiiii! Ainda são só 3 mas é melhor do que nada!

Ora diz o público (http://publico.pt/Cultura/beja-descoberto-um-dos-maiores-povoados-fortificados-da-idade-do-bronze_1453085") que:


Descoberto próximo de Beja um dos maiores povoados fortificados da Idade do Bronze

A terceira campanha de escavações arqueológicas no Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel) termina hoje e já é possível concluir que se está perante um dos maiores povoados fortificados da Idade do Bronze Final (1200-800 a.C.) do Sul da Península Ibérica.




"Durante as escavações realizadas nesta última campanha, que arrancou no início de Agosto, foi possível compreender como se estruturava a complexa muralha, que tem uma dimensão muito superior à inicialmente esperada pelos investigadores. É composta por um muro periférico de contenção a uma rampa de barro que consolidava a base de uma muralha na zona mais elevada. A conclusão dos arqueólogos é que toda a estrutura "servia como arma intimidatória mesmo a grandes distâncias".

O povoado, com cerca de 17 hectares, figura entre os maiores conhecidos desta época e que normalmente não ultrapassam os 5 a 6 hectares, "o que lhe permite atribuir um papel capital no controlo de um vasto e rico território no centro dos férteis "barros negros" de Beja.

Sabe-se também que o Outeiro do Circo não se encontrava isolado, mas dominaria uma vasta rede de pequenos sítios de planície que fariam a exploração deste território. É o caso de Arroteia 6, um pequeno povoado aberto, localizado a menos de um quilómetro do Outeiro do Circo. Este sistema defensivo apresenta-se muito complexo e "com raros paralelos no território nacional", acentuam os arqueólogos. Os trabalhos de pesquisa dirigidos pelos arqueólogos Miguel Serra e Eduardo Porfírio, membros do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto e da empresa de arqueologia Palimpsesto, dão continuidade aos realizados em 2008 e 2009.

Em anteriores escavações foi registada a presença de vários derrubes que fariam parte da muralha, juntamente com muitos fragmentos de cerâmica enquadráveis na Idade do Bronze, bem como vestígios de épocas mais recentes e outros de períodos mais recuados, comprovado na descoberta de um braçal de arqueiro.

Novas colaborações

Outra presença constante são os numerosos fragmentos de barro cozido, que poderão ter feito parte da estrutura da muralha, sugerindo-se a sua utilização como ligante para preenchimento de lacunas na construção, à semelhança do que se propôs para outros povoados muralhados da mesma época

As escavações integram-se no projecto de investigação A transição Bronze Final/1.ª Idade do Ferro no Sul de Portugal. O caso do Outeiro do Circo e são apoiadas pela Câmara de Beja, Junta de Freguesia de Mombeja e a empresa de arqueologia Palimpsesto.

Através da formalização de novas candidaturas, os responsáveis do projecto contam, no futuro, envolver outras instituições para prosseguir as investigações na estação arqueológica, que já em 1989 mereceu uma primeira apreciação num projecto elaborado pelos arqueólogos Rui Parreira e Teresa Matos Fernandes, sobre O Bronze do Sudoeste na Região de Beja, no então Instituto Português do Património Cultural."

Além desta notícia do Público o Outeiro do Circo apareceu este agosto também no Portugal em Directo. Vejam em:

http://tv2.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=19455&c_id=1&dif=tv&idpod=43099"

- a partir do minuto 15.30 da 1a parte - entrevista aos arqueólogos (podem ver o Migas, a Sofia e o Woody que alguns de vocês conhecem eheheh, tão lindos na t-shirt da Palimpsesto LOL)
- a partir do minuto 16 da 2a parte - entrevista à população de Mombeja! Um pormenor giro é que depois desta notícia por causa da Arqueologia de Mombeja, a população teve direito a uma outra notícia por causa da falta de rede telefónica que ali é uma desgraça (para telefonar temos de ir para o meio da estrada, literalmente para o meio da estrada, na linha branca eheheh)... Se eu fosse o Peça diria "E esta hein?"

Além disto, vejam mais informações no Diário da Campanha no blogue do Outeiro do Circo

http://outeirodocirco.blogspot.com"

27 de julho de 2010

Um dia...

Um dia rompi e fugi das barreiras 
(queria eu pensar) 
Um dia senti o que é certo e errado 
(queria eu escrever) 

Um dia senti-me 
e sentei-me por inteiro, 
no topo da vida. 
E olhei-a por dentro, 
e virei-a de fora, 
revolvi intestinos, 
dei largas à memória 
e assim encontrei… 
uma linha de fundo. 
A que nos passa ao lado 
E só é vista p’lo mundo! 

Um dia descosi todos os pontos 
(que dera apenas por dar) 
Um dia alimentei as fraquezas em forças 
(sem desesperar) 
Um dia enchi-me 
esvaziando os “agoras”! 
Um dia declarei-me 
e pintei-me de cores! 
Um dia, sim, não dormi 
após a descoberta 
e soube a hora certa, 
o momento de agir! 
E de forças ao vento 
Sem venda ou remendo 
decidi-me a ir! 

Queria eu pensar… 
Queria eu escrever… 
Passos dados por querer… 
Sem desesperar… 

 03.04.2001

22 de julho de 2010

Afogamento

Afogo-me.. 
Pelo medo do claustro, 
afogo-me! 
Aberto o espaço, 
Fechado de gente. 
Afogo-me! 
metida na corrente, 
abafa-me o encontrão, 
e afogo-me! 
Reagir ao turbilhão. 
De todos os lados as vagas 
afogam-me! 
A massa que move 
o volume que massa 
afoga-me! 
O ar que não passa, calor de respiração 
afogo-me! 
Pelo medo do claustro em meio à multidão! 

 08.03.09

22 de junho de 2010

Vagas

Vagas, vagas brandas, vagas altas, vagas de pensamentos engolem e envolvem-me no instante parado. Rebolo-as nas mãos como preciosas pedras de ângulos que merecem luzir a diferentes luzes. Expostas. Expostos os conteúdos aos muitos olhos de mil mãos e perspectivas.

São imateriais mas dou-lhes forma para agarrá-los. Misturo os estados da matéria. Do líquido, transformo o sólido e desfaz-se em gás. Não preciso de temperatura, nem pressão, para criar dinâmica.

E então fumo... o torvelinho dos pensamentos ... com toda a calma do dia chegado ao fim... inalado.

É um fumo que anestesia. Não relaxa nas cores e nos contactos, mas dispersa-se em estrias de sensações pelo sangue. De lá me voltam as vagas. Vagas brandas, vagas altas, vagas de sangue aditivado a temperar-me a vida, para que jamais se aborreça.

22.06.10

12 de abril de 2010

Uma verdade ao domingo

A verdade absoluta não existe porque a verdade é mutável.

A premissa anterior é falsa ou é verdadeira?
Se se aceita que é falsa a verdade absoluta existe.
Se se diz ser verdadeira... e se a verdade é mutável, para mudar tem um dia de se tornar imutável.
Mas o que é uma verdade imutável se não uma verdade absoluta?

(eheheheh :P)

8 de abril de 2010

26 de março de 2010

Reviro às voltas

Dias de chuva dão-me para concluir coisas.
Cá vai mais uma brincadeira com desenhos e imagens. Só gostava de ter um programa melhorzito para fazer destas coisas. O Windows Movie Maker é mesmo limitado, coitado... Mas sempre dá para fazer umas experiências.



Ah, entretanto a música é um pequeno excerto da Valsa dos "Diabo a 7", do album Parainfernália. Vejam mais no myspace deles.

13 de março de 2010

Afirmação

Não é do doce aroma das flores que eu provenho hoje... mas da sua massa fria esmagada em cor primeira. Não é da língua das fadas mas da dos motivos por detrás dos encantamentos, com todas as razões humanas e duras, e não das falinhas mansas com que se apresentam decorativas. Nasço, morro e renasço... enquadro o percurso e reafirmo... e vejo-me tocada pelas dores e pelas cicatrizes, pelos terrores súbitos e repentinos, contidos e controlados, pelos vigores de quem não desiste, belos de expressão viva, pelas notas fortes de vibração eléctrica ensurdecedora de múltiplos pensamentos e contradições. Humanos e fascinantes.

Não, definitivamente eu não venho dos sininhos repicantes, não amo o gliter nos lábios e a brilhantina a luzir sob holofotes. O que posso fazer se me não contento na suavidade das belas imagens e nos tons cremes onde os homens gostam de encontrar repouso... e me aproximo mais da convulsão geradora de tambores em meio ao temporal? Não são as ondas mansas que me identificam e apaziguam, é o seu estrondo no vento e na falésia abrupta. O ímpeto, a força, e mesmo o medo que seduz. Há mistério para lá de... a energia e a procura constante, o ir e vir que não são linhas estáticas e mortas...

24 de fevereiro de 2010

Can of Worms (Trunks of old and dark spirits I)

Can of Worms

I’ve opened a can of worms yesterday night.
Opened it happily, under the candlelight,
on the desired pretence that maybe it could hide,
all the answers of the past that I could not find.

So I opened the can of worms yesterday night…

And even as they slipped right into my hand
I kept looking at them, amazed by their stand.
I could not realize the peril and the fright
of exploring dead feelings that weren´t alright.

But now the can is empty, I was left without words,
‘Cause all that I can feel in me… is the crawling of worms…


18.02.10 Coimbra

18 de fevereiro de 2010

Olaria- ló-lé

Ora agora amassas tu, ora agora rolo eu, depois repuxo dalí e pressiono dacolá... Isto não é muito diferente de dançar, só que é apenas com as mãos eheheh! Assim lá fiz uns paralelepípedos para poder cozinhar, perdão, cozer, no forno! HUmmm! A 950ºc, por períodos de tempo diferentes. Depois a brincadeira ainda não acaba, vou poder parti-los todinhos e esmigalhá-los se me apetecer para ver como é que a duração da cozedura nestas temperaturas baixas as afectou.

Ficam as fotos de uma tarde divertida :)





13 de fevereiro de 2010

Significado - A musica Portuguesa se gostasse dela própria

Talvez porque fiquei cheia de curiosidade hoje coloco aqui, como não é hábito, uma "relocalização" do trailer do próximo filme do Tiago Pereira, apresentado pela D'Orfeu. Quero discutir a criação de públicos!!!!

Trailer - SIGNIFICADO - a música portuguesa se gostasse dela própria from Tiago Pereira on Vimeo.



E fico ansiosamente à espera do filme por inteiro... e de debates, mais debates! E se? E se?

8 de fevereiro de 2010

Explorações

Um dia vestiu-se daquilo que nunca soubera existir para explorar novos horizontes e experimentar, entrever, os desejos do que quereria tornar-se um dia. Depois essa roupagem colou-se-lhe ao corpo e deixou de encontrar à volta qualquer outra com amplitude suficiente para cobrir as formas nuas da carne viva, entretanto mudadas.

Disfarçada, em todos os finais de cada dia abeirava-se do mar de imagens e de sombras, passadas e presentes, escorrendo-as por entre os dedos como areia fina e desfiando o choro do apaziguamento em cada despir despojado. Encontrava-se assim na penumbra enfeitiçada, alcançando a felicidade da paz num caderno aberto e na negação de qualquer roupagem. Naquele ambiente ninguém jamais sentira frio ou espirrara contra correntes de ar porque ali luziam chamas de verdade a quente.

4 de fevereiro de 2010

31 de janeiro de 2010

Cauda

Vivo o desespero da cauda a quem cortaram a cobra.
Contorcida nos restos de energia. Aflita sem saber por onde a dirigir.
Apontada à morte, sem saber mais caminhos para caminhar. Aos saltos desvairada em anéis de escamas, delineando labirintos.
Estou ali, simples, na terra escura de onde sinto que não sairei mais.

algures em 2007

23 de janeiro de 2010

Malabarista

Via uma Maçã...
e o dedo sinistro apontava o alto,
depois pendia, acusava, movia.
Gira, gira, gira, gira!
Na outra ponta, pequenina,
a maçã encarnada girava,
brilhante de casca rodada,
Roda, volta, rodeia, vai…
em malabarismos equilibrada.

O solo p’ra baixo, a dureza, hop!
De um terceiro andar, à varanda,
cai não cai, caía quase.
Ela tonta e assustada.
Ele divertido, a par de nada.
O medo, o medo, o medo,
salta não salta, a dureza, não!
A par de nada… esborrachada.

E de volta à fruteira, ele continuava
o dedo sinistro apontava o alto,
depois pendia, acusava, movia.
Gira, gira, gira, gira...

15.04.07

17 de janeiro de 2010

Ao deus dará

Desprovido de consolo 
o Homem anda, mais e mais, 
o Homem busca, aí se enreda, 
o Homem cresce, segue e vai 
 
Desprovido de consolo 
o Homem anda... 
 26.10.06

11 de janeiro de 2010

Afinal o que é um Banco?



Não gosto nada de não citar fontes... mas é que esta vinheta chegou-me por email e não sei onde estará online... de qualquer forma era boa de mais para não a trazer para aqui eheheh!

Memórias das danças no Ano Novo

Bom... esta dança eu não dancei (mas já dancei antes com o pessoal do GEFAC eheh), como tantas outras deste festival, porque isto de andar para frente e para trás a carregar coisas e tal não dá muito espaço mental para bailios, o balanço é outro eheheheh...

Mas é uma boa amostra da dança e do ambiente que vivemos e que foi, mais uma vez, fenomenal! Este ano só com grupos Portugueses! Bem haja a todos os que vieram passar o ano connosco e ao Tony pelas filmagens... Um bem haja mais uma vez ao CNM por nos receber no seu espaço sempre com tantas facilidades e simpatia! Quanto a mim, recordo que acabei esta noite como fervorosa guardiã de uma brilhante árvore de Natal que ia sendo desmembrada... Ai Senhores Galandum, Senhores Galandum!!! LOL



Musica: Senhor Galandum interpretada pelos Galandum Galundaina de Miranda do Douro

Destaques

Nevão

Neva na Serra e ninguém disso duvida mas daqui do sopé já ninguém a vê e daqui do sopé  já ninguém  lá vai. Sumiu uma Serra  na magia branca...