2 de março de 2009

Sonolência

Um ténue calor de conforto
Refluiu em vagas quentes,
crescentes,
a hora imprópria...
descendo dos ombros à base da coluna,
num estremecimento,
aterrando pesado no centro estomacal.
A digestão.

Hum... suspirou-se o gemido
Em onomatopeias da vontade...
De ceder ao corpo e fechar um olho,
Pesado, e fechar os dois,
Sentir o negro calmo da batida,
O coração.
Tum-tum, Tum-tum,
Ritmado, convidativo.
Mas negá–lo e agitar um calafrio
A despertar!

Prender as pálpebras à existência luminosa.
Não ceder, não adormecer!
O peso de toneladas
Firmado na gravidade muscular.
Os olhos a bater em par ao par do tempo
E a impossibilidade de formar mais raciocínios
Um canto aninhado e...
Humhum,
Tum-tum, Tum-tum,
Silêncio.

02.03.09

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