22 de março de 2009

Serenidade

Um fumo brando e branco, 
De cigarro em ponta acesa, 
envolvido em volutas lentas 
Ao som do blues... 
O corpo respirado em pausa 
De solidão procurada 
Por saber bem estar-se por dentro 
A sós, 
Sem espera 
Sem mais procura 
Que a de ser-se Ali. 
Uma semi luz do fim do dia 
De alma cheia do que havia, 
A alimentar o momento. 
A lassidão despojada, 
Espojada no sofá, 
Confortada pelos braços, pela vida 
Sem expectativa. 
O repouso cadenciado, 
Inspirado e expirado sem noção. 
E não falta nada ao momento 
A sensação... o som, o fumo branco, azul do blues, 
a serenidade feliz. 


(14.11.08, Coimbra) 

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